Havia pouco que a Igreja começara a celebrar
a prática do canto na litúrgia, prática tão consoladora e edificante; e era grande o entusiasmo por parte dos fiéis, que cantavam com a boca e o coração.
Cerca de um ano antes, não muito mais, Justina, mãe do jovem Imperador Valentiniano, passara a perseguir o Bispo Ambrósio devido à heresia em que caíra seduzida pelos arianos.*
A multidão dos fiéis velava na Igreja, disposta a morrer com o seu bispo, servo de Deus. Ali também minha mãe, ( Santa Mônica) sempre de ânimo resoluto, a primeira em tudo, desperta e orando; não vivia senão para orar.
Nós, embora estivéssemos ainda frios, sem o calor do Espírito, sentíamo-nos emocionados ao ver toda a cidade surpreendida e preocupada.
Foi então que, para evitar que o povo se acabrunhasse de tristeza e tédio, se determinou que se cantassem hinos e salmos, de acordo com o costume das Igrejas orientais.
Desde então e até hoje se tem conservado este costume, e muitos já imitaram, em quase todas as igrejas do mundo.
*(O arianismo foi sem dúvida a mais perigosa heresia dos tempos primitivos; seu fundador foi Ário (336), de Alexandria. Baseada numa desacertada e infeliz aplicação da filosofia platônica,negava que o Filho fosse igual ao Pai, considerando-o inferior.)
O Canto na Igreja,
ResponderExcluirTrecho escrito por Santo Agostinho, do seu livro As Confissões.
Santo Agostinho, filho de Santa Mônica, nasceu em Tagaste, na província romana de Numídia; hoje a cidade chama-se Souk Ahras e fica situada na Argélia. No ano 354, a 13 de novembro.
Os pais de Santo Agostinho chamavam-se Patrício e Mônica.
Seu nome: Aurélio Agostinho.
Sinceros agradecimentos a todos que animam os cânticos nas cerimônias Liturgicas da Igreja.
ResponderExcluirQue Deus os abençoe, fortaleça , ilumine e faça crescer os seus dons.
Aceitem um fraternal abraço.