segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Minha Querida

Aceite esta caneta de sua mãe e, pelo bem dela, use-a com liberdade e valor para que cada dia do seu décimo quinto ano seja testemunha de uma palavra boa, de um pensamento ou um trabalho.
Sei que nascerão em seu espírito novas esperanças, novos dons, pois Deus ajuda os corações que amam, confiam e se voltam para “Ele”.
Erga seu coração para o mais alto, pois somente isso poderá satisfazer sua natureza vibrante e suas aspirações.
Seu temperamento é muito peculiar e poucos há que realmente possam ajudá-la.
Tenha determinação para formar seu caráter e acredite-me, você é capaz de ter um caráter nobre.
Trabalho, paciência, amor criam, suportam, dão todas as coisas, pois são os atributos do Todo Poderoso e nos dão poder para tudo.
Que o Amor Eterno a sustente, a infinita sabedoria a conduza e a paz do entendimento a recompense, minha filha.
Mamãe.

A FLECHA E A CANÇÃO - (Henry W. Longfellow)

Lancei uma flecha no ar,
Caiu no chão, onde foi parar?
Pois tão ligeira voou, que a vista
Não pôde seguir-lhe a pista.

Murmurei uma canção no ar
Caiu no chão, onde foi parar?
Pois haverá tão perfeita visão
Que siga o vôo da canção?

Muito tempo depois, numa aroeira
Encontrei a flecha ainda inteira;
E a canção, do começo ao fim,
Um amigo guardou para mim.
Corações, como portas, facilmente vão se abrindo
Com umas chaves pequeninas, que se usam a sorrir.
Duas delas, não se esqueça, use sempre aonde for;
São as mais importantes: “obrigado” e “por favor”.