Dois irmãos brincavam no jardim, correndo por entre os canteiros.
Sentiam-se alegres e suas risadas mostravam a alegria que sentiam com o divertimento.
De uma feita, a menina, ao correr, quis esconder-se do irmão, mas ao passar por trás de uma fileira de vasos, escorregou e caiu em cima de um deles,reduzindo-o em cacos.
Entrando nesse momento pelo portão do jardim, o pai das crianças exclamou ao ver o vaso em mil pedaços:
- Ah! Como vocês foram partir este lindo vaso de que eu tanto gostava? Quem o quebrou?
- Fui eu, papai confessou a irmã. Fui eu que o quebrei. O senhor me perdoa, não é papai?
- Papai, não foi ela! Contraveio o irmão. Ela quer encobrir uma falta cometida por mim.
- Não papai, fui eu mesma, tornou a dizer a irmã.
Vendo a amizade que ligava os irmãos, o pai abraçou os dois filhos dizendo-lhes:
- Meus filhos, não importa quem tenha partido o vaso. É verdade que fiquei sem ele,mas me sinto muito feliz ao ver como vocês se estimam e a amizade de ambos vale para mim mais do que muitos vasos, mesmo que fossem de ouro.
E tornou a abraçá-los, satisfeito.
segunda-feira, 1 de março de 2010
A RUA
Boa Criança:
Observava-te da janela, esta tarde, quando voltavas da casa do mestre: deste e um encontrão numa senhora.
Toma cuidado quando andares pela rua.
Ali também há deveres. Se medes os teus passos e os teus gestos numa casa particular, por que não hás de fazer o mesmo na rua, que é casa de todos?
Repara. Todas as vezes que encontras um velho trôpego, um pobre, uma mulher com uma criança nos braços, uma pessoa com muletas, um homem com um fardo, uma família de luto. Cede-lhe o passo com respeitemos a velhice,a miséria, ao amor de uma mãe, a enfermidade, a fadiga e a morte.
Todas as vezes que vires uma pessoa de quem despercebidamente se aproxima um carro, desvia-a se for uma criança e avisa se for um homem; se encontrares uma criança sozinha que chora, pergunta sempre o que ela tem e apanha a bengala do ancião que a deixa cair.
Se dois meninos brigarem, separa-os; se forem dois homens, afasta-te e não assista ao espetáculo da violência brutal que ofende e endureça o coração.
E quando passar um homem preso no meio de dois guardas, não ajunte a tua curiosidade cruel à da multidão; ele pode ser inocente.
Cessa de falar com teu amigo e de sorrir quando encontrares uma maca de hospital, que conduz um acidentado, um moribundo ou um carro mortuário, porque um igual amanhã pode sair de tua casa.
Olha com reverência os cegos, mudos, surdos, raquíticos, órfão e crianças abandonadas; e Lembra-te que são desventuras e necessitados da caridade humana que passam.
Apaga sempre os cigarros acesos que encontrares debaixo dos teus passos e que podem custar a vida de outros.
Responde sempre com amabilidade ao transeunte que te pedir uma informação.
Não olhes para pessoa alguma rindo com deboche, nem corras sem necessidade, nem grites. Respeite a Rua.
A educação de um povo julga-se, antes de tudo, pelo comportamento desse povo na rua.
Onde vires vilania nas praças, encontraras a vilania dentro das casas.
Estuda as ruas, estuda cidade onde vives: se amanhã fores forçado a deixá-la, hás de alegrar-te tendo-a bem presente na memória e podendo percorrê-la toda com o pensamento.
A tua cidade, tua pequena pátria, aquela que foi por tantos anos o teu mundo, onde deste os primeiros passos ao lado de tua mãe; onde experimentaste as primeiras impressões; onde primeiro choraste; onde abriste o espírito às primeiras idéias; enfim tiveste os primeiros amigos, esta foi mãe para ti; instruiu-te.
Estuda-a nas ruas e na gente, ama-a bem; e quando ouvires injuriá-la, DEFENDE-A.
Boa Criança:
Observava-te da janela, esta tarde, quando voltavas da casa do mestre: deste e um encontrão numa senhora.
Toma cuidado quando andares pela rua.
Ali também há deveres. Se medes os teus passos e os teus gestos numa casa particular, por que não hás de fazer o mesmo na rua, que é casa de todos?
Repara. Todas as vezes que encontras um velho trôpego, um pobre, uma mulher com uma criança nos braços, uma pessoa com muletas, um homem com um fardo, uma família de luto. Cede-lhe o passo com respeitemos a velhice,a miséria, ao amor de uma mãe, a enfermidade, a fadiga e a morte.
Todas as vezes que vires uma pessoa de quem despercebidamente se aproxima um carro, desvia-a se for uma criança e avisa se for um homem; se encontrares uma criança sozinha que chora, pergunta sempre o que ela tem e apanha a bengala do ancião que a deixa cair.
Se dois meninos brigarem, separa-os; se forem dois homens, afasta-te e não assista ao espetáculo da violência brutal que ofende e endureça o coração.
E quando passar um homem preso no meio de dois guardas, não ajunte a tua curiosidade cruel à da multidão; ele pode ser inocente.
Cessa de falar com teu amigo e de sorrir quando encontrares uma maca de hospital, que conduz um acidentado, um moribundo ou um carro mortuário, porque um igual amanhã pode sair de tua casa.
Olha com reverência os cegos, mudos, surdos, raquíticos, órfão e crianças abandonadas; e Lembra-te que são desventuras e necessitados da caridade humana que passam.
Apaga sempre os cigarros acesos que encontrares debaixo dos teus passos e que podem custar a vida de outros.
Responde sempre com amabilidade ao transeunte que te pedir uma informação.
Não olhes para pessoa alguma rindo com deboche, nem corras sem necessidade, nem grites. Respeite a Rua.
A educação de um povo julga-se, antes de tudo, pelo comportamento desse povo na rua.
Onde vires vilania nas praças, encontraras a vilania dentro das casas.
Estuda as ruas, estuda cidade onde vives: se amanhã fores forçado a deixá-la, hás de alegrar-te tendo-a bem presente na memória e podendo percorrê-la toda com o pensamento.
A tua cidade, tua pequena pátria, aquela que foi por tantos anos o teu mundo, onde deste os primeiros passos ao lado de tua mãe; onde experimentaste as primeiras impressões; onde primeiro choraste; onde abriste o espírito às primeiras idéias; enfim tiveste os primeiros amigos, esta foi mãe para ti; instruiu-te.
Estuda-a nas ruas e na gente, ama-a bem; e quando ouvires injuriá-la, DEFENDE-A.
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