A bíblia contém 73 livros.
46 livros do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento.
Os livros do Antigo Testamento foram escritos antes do nascimento de Cristo; os do Novo Testamento foram redigidos após a Ascensão de Jesus. A Igreja reconheceu como “inspirados” tanto o Antigo Testamento como o Novo Testamento; Deus agiu no escritor sagrado, não só na preparação, mas também na execução do livro, afim de que a Mensagem fosse autêntica. Não se trata, porém, de um ditado. O autor humano conservou a sua personalidade inteira. Seu caráter transparente através do livro, pertence a determinada época; escreve em uma língua que é a sua, por outras palavras, embora “Inspirado”, não deixou de ser o que era.
A mensagem Divina não nos aparece por inteiro em cada livro da Bíblia. Teremos que percorrer numerosas páginas para descobrir, por exemplo, a crença numa vida além da morte.
É pouco a pouco e ao percorrer dos séculos, que se precisa o pensamento religioso e que a Mensagem de Deus se torna mais completa.
No tempo de Abraão, Javé só era reconhecido por um grupo de famílias. No Sinai, tornou-se o Deus do Povo Escolhido. Com os Profetas, já se trata do Deus da humanidade inteira.
O mesmo se dá com o Messias: os Profetas nos anunciam pouco a pouco. Um nos indica que Ele será da tribo de Judá; outro, da descendência de Davi; aqui, descobrimos sua intimidade com Deus: ali, sua misericórdia, sua bondade ou justiça.
O Antigo Testamento precisa ser complementado pelo Novo Testamento. É o próprio Cristo que nos faz compreender e orar ao Pai que está nos céus. Ele é que vem dar inteiro sentido à Lei de Moises e ao ensino dos Profetas.
É necessário compreender a Bíblia como uma Mensagem de Deus, que se completa no decorrer da história.
O plano de Deus se realiza aos poucos. Deus visa a um alvo e a ele tende; como, porém, os homens são lentos, o desígnio de Deus pede muitos séculos para concluir-se.
Mas, qual é esse fim que Deus propõe? Deus chama o Homem a tomar parte da sua intimidade. Esse apelo divino já se acha inscrito nas primeiríssimas páginas da Bíblia. Infelizmente, a resposta do homem é negativa. Entretanto, Deus não renuncia ao seu desígnio. A liturgia da vigília Pascal chega a exclamar: - “Ó feliz culpa, que nos mereceu semelhante Redentor”.
Deus mostra ao homem, em seu Filho encarnado, o que quer realizar; Jesus é o modelo perfeito da intimidade entre Deus e o homem.