domingo, 24 de janeiro de 2010
Padre Antonio Vieira viveu muitos anos no Brasil......
No texto iniciado com o título em referencia,a frase: "É considerado o maior conhecedor da lingua portuguesa, suas obras é estudada..." , leia-se: " É considerado o maior conhecedor da lingua portuguesa,que, nas suas obras,é estudada..."
Esperança
Sem esperança não há saudade,não desejo de um amanhã melhor, nem sequer a crença de que a próxima geração trará a grande transformação.
Padre Antonio Vieira
Viveu muitos anos no Brasil, Padre Antonio Vieira.
Nascido em Lisboa, no ano de 1608 e falecido em 1697.
É considerado o maior conhecedor da lingua portuguesa, suas obras, é estudada, hoje, por quantos queiram se esmerar em bem falar e escrever nosso belo idioma.
Sua fama espalhou-se pelo mundo todo:
Pregou no Brasil, em Portugal, perante o rei e em Roma.
Prestou serviços a Portugal e ao Brasil, tendo incitado brasileiros e portuguezes a resistirem à invasão holandeza.
Foi em muitos negócios publicos representante do rei.
Alem dos Sermões que pregou, são celebres as cartas que escreveu.
Mestres mudos
Padre Antonio Vieira
São os livros uns mestres mudos que ensinam sem fastio, falam a verdade sem respeito, repreendem sem pejo, amigos verdadeiros, conselheiros singelos; e assim como à força de tratar com pessoas honestas e virtuosas, se adquirem insensivelmente os seus habitos e costumes, também à força de ler os livros se aprende a doutrina que eles ensinam.
Forma-se o espirito, nutre-se a alma com os bons pensamentos; e o coração vem por fim a experimentar um prazer tão agradavel, que não há nada com que se compare; e só o sabe avaliar quem chegou a ter a fortuna de o possuir.
E então gostaram!?
Assim os livros contariam a história de sua vida,
Nasci na encosta de um outeiro em terra longínqua. Fiquei, dentro em pouco um pinheiro delgado e elegante. Um dia uma bondosa mulher, passando ao pé de mim, rodeada de criancinhas, desejou-me para uma árvore de natal.
- Como ficará lindo carregadinho de presentes, doces, velinhas de várias cores! Exclamou uma das meninas.
Estremeci até as raízes, pensando que logo me haviam de arrancar para o grande dia festivo, ir adornar o salão de uma escola ou um rico aposento de um palácio.
Passaram-se, todavia, muitos anos e ninguém veio me buscar para a festa de Natal. Minhas raízes aprofundaram-se mais; o tronco tornou-se-me forte; estendi para o céu ramaria possante, que as tempestades não puderam derrubar. Todos os anos as pinhas abotoavam nos galhos e quando amadureciam, aves, animais e homens vinham a minha sombra, colher os frutos espalhados pelo chão. Eu sobrepujava em grandeza e majestade a todas as árvores daquela região.
Mas, chegou o dia funesto. Um homem aproximou-se, olhou-me com atenção de alto a baixo e fez-me no córtice um sinal.
Vieram depois operários musculosos, de machado em punho e logo estava eu deitado no solo, com os ramos partidos, reduzido a um madeiro. - Eu, o rei do vegetais de toda a redondeza.
Arrastaram-me, em seguida para uma fábrica e reduziram-me a uma polpa branca. Nenhum dos meus camaradas me houvera reconhecido, quando transformado em alvo lençol, sofri a última demão, a fim de aparecer no mercado em forma de papel. Que torturas padeci! - Os golpes mortíferos do machado, o talho agudo de lâminas, que me dilaceravam, o atrito áspero mós,que me pulverizavam, que me fizeram pálido . E depois de tudo isso, colocaram-me na prensa, da qual saí enfardado para viagem longa, encerrado no porão de um navio.
Vendeu-me um negociante a um impressor Fui para uma tipografia, onde linotipos rumorosos preparavam as letras que deveriam se impressas sobre mim. Novas angustias - puseram-me em um prelo, no qual, em giros vertiginosos, se me estamparam palavras e gravuras Dobraram-me depois, cortaram-me, coseram-me com duas capas duras de cartão e eis-me aqui, amiguinhos, para ir contigo à escola, sob a pressão carinhosa de teu braço.
Não me maltrates, nem me desprezes. Muito sofri para trazer-te sabedoria dos antigos, as lições da experiência, a expressão dos pensamentos grandiosos e esplendidos dos prosadores e poetas, que enriqueceram tua língua materna e fizeram meigo e suave teu idioma.
Trago-te, para serem teus amigos grandes homens de tua raça, que pela nobreza de seus ideais e impérios de sua inteligência nunca te magoarão, que podes buscar nas horas tardias da noite ou despedi-los nos momentos e fadiga: amigos certos que te hão de falar sempre a verdade e aconselhar-te sempre do mesmo modo, pacientemente.
Ama-me e lê-me: - Eu sou o teu livro.
- Como ficará lindo carregadinho de presentes, doces, velinhas de várias cores! Exclamou uma das meninas.
Estremeci até as raízes, pensando que logo me haviam de arrancar para o grande dia festivo, ir adornar o salão de uma escola ou um rico aposento de um palácio.
Passaram-se, todavia, muitos anos e ninguém veio me buscar para a festa de Natal. Minhas raízes aprofundaram-se mais; o tronco tornou-se-me forte; estendi para o céu ramaria possante, que as tempestades não puderam derrubar. Todos os anos as pinhas abotoavam nos galhos e quando amadureciam, aves, animais e homens vinham a minha sombra, colher os frutos espalhados pelo chão. Eu sobrepujava em grandeza e majestade a todas as árvores daquela região.
Mas, chegou o dia funesto. Um homem aproximou-se, olhou-me com atenção de alto a baixo e fez-me no córtice um sinal.
Vieram depois operários musculosos, de machado em punho e logo estava eu deitado no solo, com os ramos partidos, reduzido a um madeiro. - Eu, o rei do vegetais de toda a redondeza.
Arrastaram-me, em seguida para uma fábrica e reduziram-me a uma polpa branca. Nenhum dos meus camaradas me houvera reconhecido, quando transformado em alvo lençol, sofri a última demão, a fim de aparecer no mercado em forma de papel. Que torturas padeci! - Os golpes mortíferos do machado, o talho agudo de lâminas, que me dilaceravam, o atrito áspero mós,que me pulverizavam, que me fizeram pálido . E depois de tudo isso, colocaram-me na prensa, da qual saí enfardado para viagem longa, encerrado no porão de um navio.
Vendeu-me um negociante a um impressor Fui para uma tipografia, onde linotipos rumorosos preparavam as letras que deveriam se impressas sobre mim. Novas angustias - puseram-me em um prelo, no qual, em giros vertiginosos, se me estamparam palavras e gravuras Dobraram-me depois, cortaram-me, coseram-me com duas capas duras de cartão e eis-me aqui, amiguinhos, para ir contigo à escola, sob a pressão carinhosa de teu braço.
Não me maltrates, nem me desprezes. Muito sofri para trazer-te sabedoria dos antigos, as lições da experiência, a expressão dos pensamentos grandiosos e esplendidos dos prosadores e poetas, que enriqueceram tua língua materna e fizeram meigo e suave teu idioma.
Trago-te, para serem teus amigos grandes homens de tua raça, que pela nobreza de seus ideais e impérios de sua inteligência nunca te magoarão, que podes buscar nas horas tardias da noite ou despedi-los nos momentos e fadiga: amigos certos que te hão de falar sempre a verdade e aconselhar-te sempre do mesmo modo, pacientemente.
Ama-me e lê-me: - Eu sou o teu livro.
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